Portimonense 0-2 FC Porto | Crónicas da Bola

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O FC Porto foi ao terreno do Portimonense SC vencer por 0-2!

No Portimonense, relativamente à derrota com o FC Vizela, Paulo Sérgio fez três alterações: Gonçalo Costa, Henrique Jocú e Bryan Róchez saíram para dar lugar a Moustapha Seck, Zié Ouattara e Yago Cariello, respetivamente. Paulo Sérgio apostou num 4-2-3-1, com Luquinha à frente de Paulo Estrela e Ewerton no meio-campo, com Zié Ouattara e Rui Gomes nas alas, no apoio a Yago Cariello, que foi o avançado da equipa algarvia.

No FC Porto, relativamente à vitória frente ao Bayer 04 Leverkusen para a Liga dos Campeões, Sérgio Conceição também efetuou três alterações: Pepe (lesionado), João Mário e Bruno Costa deram lugar a Fábio Cardoso, Rodrigo Conceição e Otávio, respetivamente. A equipa portista apresentou-se num 4-4-2 em linha, com Otávio e Pepê nas alas.

O domínio portista era esperado e concretizou-se desde cedo. O FC Porto foi superior desde o início da partida, tendo tido mais bola, mais remates, boa qualidade de passe, só faltavam os espaços para criar verdadeiro perigo. A pressão alta portista funcionou e fez, por exemplo, com que Stephen Eustáquio, Otávio e Pepê estivessem confortáveis no jogo, a receber e a entregar, a furar e a ameaçar. Já o Portimonense focou-se em jogar mais na expectativa, o que não deu muito resultado, embora tenha conseguido resistir nos minutos iniciais.

Os tais espaços que teimavam em não aparecer, apareceram aos 22 minutos, numa jogada de grande insistência, com vários cruzamentos pelo meio. Eustáquio virou o jogo para Rodrigo Conceição, que dominou e cruzou para desvio de Seck, mas a bola sobrou para Otávio, que combinou com Evanilson, em passes com o peito e o abdómen, e depois o luso-brasileiro rematou de primeira para um grande golo. Estava inaugurado o marcador em Portimão.

Ainda assim, os homens da casa não se deixaram atemorizar e reagiram, tentando sempre atacar e explorar as costas da defesa portista, embora sem grande resultado, pois os dragões iam controlando os acontecimentos, como que a gerir a partida. A primeira oportunidade de perigo dos algarvios surgiu apenas aos 24 minutos, por intermédio de Rui Gomes, quando Luquinha cruzou para a área, Eustáquio desviou de cabeça e a bola sobrou para o camisola 70 do Portimonense, que atirou ao lado.

Ao intervalo, o resultado apenas pecava por escasso para os azuis e brancos, dados os vários remates e as várias oportunidades de perigo junto da baliza de Kosuke Nakamura. Pareceu-me que o Portimonense tentou sempre levar o jogo para um plano mais físico, mas sem resultado.

Na segunda parte, mais do mesmo. O FC Porto estava confortável no jogo e o domínio portista intensificou-se, embora com menor intensidade, sempre com mais bola e com mais ocasiões de golo. O segundo golo apareceu logo aos 52 minutos, da autoria de Pepê. Mais uma jogada de insistência dos azuis e brancos, com Mehdi Taremi a ganhar no duelo com Moufi, a sentar o guarda-redes do Portimonense e a passar atrasado para Pepê finalizar com grande classe. Uma jogada absolutamente poética que levou Pepê a picar a bola e colocá-la onde ninguém seria capaz de chegar. Um golo que fez pagar o bilhete dos 3960 espectadores presentes, no Portimão Estádio!

O 0-2 permitiu à equipa portista manter uma certa qualidade exibicional mais relaxada, de forma a privilegiar a posse de bola. Os algarvios só ameaçaram a baliza de Diogo Costa na fase final da partida, altura em que Yago Cariello falhou escandalosamente um golo feito. Minutos depois, o mesmo Yago rematou forte para uma grande defesa de Diogo Costa, após um ataque rápido dos comandados de Paulo Sérgio. O dragão acalmou o jogo, geriu-o com algumas substituições, e até podia ter dilatado a vantagem por Galeno, que se isolou e no frente a frente com Nakamura, permitiu a defesa.

Aos 90+3’, o árbitro da partida, Manuel Mota, assinalou penálti a favor do FC Porto, após falta de Gonçalo Costa sobre Toni Martínez, mas o VAR analisou e considerou que a falta foi cometida fora da área.

O resultado acaba por ser justo, face à superioridade portista durante praticamente todo o jogo. Aliás, a vantagem até poderia ser mais dilatada, tendo em conta o número de oportunidades de golo que o FC Porto criou. Competitivo, competente e sólido, o FC Porto só na reta final da partida abrandou e permitiu remates e ânimo ao Portimonense. Rodrigo Conceição voltou a surpreender positivamente, enquanto Otávio, Pepê e Taremi espalharam classe pelo campo inteiro. No geral, foi um jogo algo rude, de combate físico, onde a qualidade do campeão nacional prevaleceu.

???? ??: Pepê. Além do golo fantástico, o brasileiro foi um quebra-cabeças do princípio ao fim para a defesa algarvia. Começou o jogo como ala aberto, sem bola. Quando a teve, fez diagonais interiores ou pediu, muitas vezes, claramente ao centro, algumas trocas posicionais com Taremi, à sua frente. Dialogou muito bem com os médios, atrás de si. Está a ficar cada vez mais parecido com Otávio no trabalho sem bola e em termos de abrangência de funções.

?????? ?? ????: Yago Cariello. O avançado brasileiro falhou escandalosamente um golo feito, quase em cima da linha de golo, sem ninguém à frente, aos 76 minutos. Se marcasse, poderia ter relançado o jogo para a sua equipa e a reta final da partida seria completamente diferente.

Vitória justíssima do FC Porto!

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