A Rua Central do Carvalhido, em Moreira, na Maia, onde um aluimento de terras colheu um camião, na manhã desta quinta-feira, vai continuar fechada para obras de reparação. Ainda não há prazo definido para os trabalhos acabarem.
“Saiu-lhe o Euromilhões!”, desabafou uma das testemunhas que, na manhã desta quinta-feira, por volta das 8 horas, ia a passar junto à Rua Central do Carvalhido, na freguesia de Moreira, na Maia, e ainda viu o motorista a sair ileso do camião que, segunds antes, tinha sido engolido por uma cratera.
O veículo, com uma galera de 13 toneladas e que seguia carregado com ração para uma vacaria, tombou para um quintal. Só a meio da tarde, o pesado foi retirado com a ajuda de uma grua. Mas “por razões de segurança”, a estrada em paralelo vai manter-se fechada, “até que sejam concluídos os trabalhos de reparação da via”, confirmou ao JN fonte do Município da Maia, acrescentando que não há “uma previsão ao certo” de quanto tempo isso vai demorar.As causas do incidente estão por apurar. E as consequências para as habitações vizinhas continuam uma incógnita. Rogério Moreira, dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, admitia no local que poderia haver “risco de desmoronamento do resto do terreno, que poderá atingir a zona da casa”. Além disso, “toda a estrutura do pavimento” estava também “a ceder”. O mesmo responsável referiu que a casa contígua à habitação afetada podia correr risco, apesar de não haver “indícios visíveis”.
O condutor, um homem de cerca de 50 anos, saiu do camião “ileso”, tendo valido “a experiência de outros acidentes”, referiu Rogério Moreira. “Logo após o aluimento, o muro da casa ainda estava em pé. Mas depois tombou e o camião ainda se afundou mais”, contou um morador. A habitação cujo quintal foi invadido está a passar por obras de remodelação, encontrando-se no local alguns trabalhadores, que olhavam incrédulos para o sucedido. No local, além dos bombeiros, estiveram elementos da Proteção Civil, GNR, SMAS, EDP, Portgás, departamento de Obras e Engenharia da Câmara da Maia e Junta de Moreira. Os moradores foram avisados que “a qualquer momento podiam ser cortados a água, a luz e o gás”.
As causas do aluimento estão por apurar. “Com o devido suporte técnico vai ser possível o Serviço Municipal de Proteção Civil averiguar as causas”, assinalou fonte da Câmara.
Na sequência do aluimento, foi estabelecido “um perímetro de segurança” para “garantir a segurança de pessoas e bens”.