Extensão de linhas do Metro. Obras começam em 2019

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A empresa Metro do Porto dá hoje um passo significativo na extensão da rede, ao assinar os contratos dos projectos das Linhas Rosa (G), entre São Bento e a Casa da Música, e da Linha Amarela (D), de Santo Ovídio a Vila d`Este, em Vila Nova de Gaia, num investimento de 290 milhões de euros.

O projecto da nova Linha Rosa será desenvolvido pelo consórcio formado pela SENER, CJC e NSE, numa adjudicação com o valor de 1820 mil euros. Já o projecto do prolongamento da Linha Amarela cabe às empresas LCW, Amberg Engineering e GRID, que apresentaram uma proposta no montante de 1470 mil euros.

A nova linha São Bento à Casa de Música terá quatro estações, todas enterradas (Cordoaria, Hospital de Santo António, Galiza/Centro Materno Infantil e Casa da Música) e o responsável pelo seu desenho é o arquitecto Souto de Moura, o mesmo que desenhou todas as estações enterradas do metro do Porto.

O secretário de Estado-Adjunto do Ambiente, José Mendes, que preside à sessão de assinatura dos contratos, disse ao PÚBLICO, que os projectos de execução das duas linhas permitiram poupar 1,4 milhões de euros ao Estado, já que o valor de referência para este concurso era de 4,7 milhões de euros e os dois projectos ficam por 3,3 milhões de euros (ou seja, 1820 mil euros no caso da Linha G e 1470 mil euros na Linha D).

Embora tenha uma extensão mais pequena (2,5 quilómetros), a ligação São Bento Casa da Música vai ter um custo superior ao da Linha até Vila d`Este (que se estende por 3,2 quilómetros) devido à sua complexidade – aspecto que irá reflectir-se no prazo de execução da obra, que deverá terminar em finais de 2021. A construção da futura estação vai estender-se por dois anos e meio, mais seis meses do que a Linha Amarela.

De acordo com o planeamento previsto, a adjudicação das duas linhas da rede do metro, que vão servir 33 mil pessoas, será feita em momentos diferentes. Abril de 2019 é o mês apontado para o arranque da Linha Amarela, prevendo-se que em Julho avance a Linha Rosa. Antes disso, os consórcios terão de apresentar antes do final do ano os respectivos estudos de impacto ambiental.

“Estas duas linhas são uma aposta ganha”, afirma, determinado, o secretário de Estado, revelando que o Ministério do Ambiente empenhou-se “em aumentar e melhorar a oferta do transporte público”.

Segundo dados revelados pelo secretário de Estado ao PÚBLICO, o Sistema ANDA (que envolve a STCP, Metro, CP e operadores privados na área metropolitana) registou em 2017 um acréscimo de 5,4% em relação ao ano anterior, passando de 139 milhões de viagens para 145 milhões. “A quota de adesão das pessoas ao transporte colectivo está a crescer de forma muito interessante na área metropolitana, uma tendência que vai de encontro à política do Ministério do Ambiente”, disse José Mendes.

No final da sessão, será feita uma demonstração de um sistema piloto do ANDA (sistema de bilhética desmaterializada) que está a ser desenvolvido pelos transportes intermodal do Porto e que permitirá aos passageiros beneficiar de um tarifário mais económico através de uma aplicação no telemóvel.

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