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COVID-19Saúde

Desde o primeiro confinamento que pessoas com deficiência não vão ao centro de atividades

Desde março do ano passado que pessoas com deficiência intelectual não ao centro de atividades, como era habitual, por opção de familiares ou por viverem num lar. No dia 5 de Abril, reabrem os equipamentos sociais e “vamos receber pessoas muito diferentes daquilo que conhecíamos”.

O primeiro confinamento foi uma aprendizagem para todos. As organizações trataram de redirecionar parte dos serviços que prestavam nos centros de apoios ocupacionais (CAO) para dentro de cada casa. Neste sentido, colocaram as equipas em contacto telefónico com as famílias para as orientar.

Teresa Guimarães, presidente da APPACDM do Porto, viu o futuro. “Pode ser muito pesado”, alertava, então. Confessa que “Temos mães sozinhas que vão entrar numa fase de desgaste grande. Estamos preparados para prestar apoio domiciliário, mas é preciso que as famílias queiram. E muitas não querem. Têm medo que o vírus lhes entre pela porta dentro.”

O desconfinamento obrigou a reajustes. Com vista a respeitar as regras da Direção Geral de Saúde (DGS), os CAO reduziram a lotação. Era preciso ouvir as famílias. A questão era se preferiam horário reduzido ou rotatividade. Decidiu-se, portanto, atribuir tempo inteiro a quem estava em situação de exclusão ou tinha os pais a trabalhar. Os outros alternariam.

Nem todas as famílias tiveram escolha, assim como, os residentes em lares. Isto, porque a DGS deu como ordens que os “utentes que frequentem, em simultâneo, as respostas sociais CAO e Lar Residencial, devem ser asseguradas as atividades no próprio Lar, sob orientações técnicas dos profissionais afetos ao CAO”.

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