O concurso público para a conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada “segunda linha” de metro de Vila Nova de Gaia é lançado hoje, no Porto, com a presença do primeiro-ministro
Em causa está o lançamento do concurso público internacional de conceção da nova ponte, exclusiva para o metro, e a abertura de um concurso de ideias para o projeto, cujo júri é composto por 11 elementos que serão revelados hoje, conforme conta do convite enviado à imprensa pela tutela.
A nova travessia para ligar o Porto e Gaia através de metro deve ficar entre as pontes da Arrábida e Luís I e servirá uma nova linha de Vila Nova de Gaia, entre a Casa da Música e Santo Ovídeo.
Além do primeiro-ministro, António Costa, na apresentação está também prevista a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
No evento são também consignadas as empreitadas das linhas Rosa e prolongamento da Amarela do Metro do Porto.
No que se refere à Linha Amarela, em causa está o prolongamento de Santo Ovídeo a Vila D’Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajeto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.
Sobre a empreitada em Vila Nova de Gaia, o presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou na segunda-feira, à margem de uma reunião de câmara, que “arranca esta semana a montagem dos estaleiros”, sendo que um ficará perto do Hospital de Gaia, próximo da rotunda de Vila D’Este, estando um segundo previsto para Santo Ovídeo, junto ao campo de ténis local.
A cerimónia de hoje decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal, com início às 11:00 e será “restrita”, estando “reduzida a dois representantes de cada município”, disse o presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, referindo-se ao seu concelho e ao do Porto, cidades que ficam nas margens do rio Douro.
Fonte oficial da Metro do Porto revelou à agência Lusa a 03 de março que o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde às empreitadas de construção da Linha Rosa e de prolongamento da Linha Amarela até Vila d’ Este.
O visto do TdC foi dado aos contratos assinados, em novembro, entre a Metro do Porto e o consórcio Ferrovial/ACA, por um valor global de 288 milhões de euros.
Deste valor, 189 milhões destinam-se à Linha Rosa, no Porto, e 98,9 milhões ao prolongamento da Amarela, entre Santo Ovídeo e Vila D’ Este.
“O investimento global nos dois projetos ronda os 407 milhões de euros — incluindo expropriações, projetos, fiscalização, equipamento e sistemas de apoio à exploração”, disse à Lusa a metro do Porto a 03 de março.
A nova Linha Rosa (Circular) integrará quatro estações e cerca de três quilómetros de via.
Esta ligação, entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, passa pelo Hospital de Santo António, Pavilhão Rosa Mota, Centro Materno-Infantil, Praça de Galiza e polo universitário do Campo Alegre.
O prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídeo e a zona residencial de Vila d’ Este vai permitir construir um troço com três estações e cerca de três quilómetros, passando pelo Centro de Produção da RTP e pelo Hospital Santos Silva.
Atualmente, a rede tem 67 quilómetros, com seis linhas que servem sete concelhos e 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor reportado a 2019, o último exercício antes da pandemia).