Dezenas de árvores foram submetidas a abate em Guimarães, pondo a requalificação do centro cívico da Vila de Caldas das Taipas sobre uma forte polémica.
Uma obra a cargo da Câmara de Guimarães, já abateu pelo menos 20 árvores esta semana, algumas com várias décadas. A polémica foi gerada nas redes sociais, motivando críticas contra a Câmara e a Junta de Freguesia.
Em sua defesa a Câmara explicou, num comunicado municipal, que algumas árvores apresentavam ‘sinais de patologias graves’, com ‘crescimento amorfo’ e ‘mau estado sanitário’. Aquelas que se apresentavam em bom estado, como estavam na extensão do percurso de uma ribeira que vai ainda ser destapada, ‘não podem permanecer naquele local e têm de ser substituídas´.
A Junta de Freguesia conseguiu preservar cerca de 20 árvores que estavam assinaladas.
A Junta de Freguesia apesar de ter conseguido preservar cerca de 20 árvores que estavam assinaladas para abate, admitiu que se poderia ter encontrado uma solução para se evitar o abate de tantas árvores; no entanto, esta elogiou a obra, dizendo que, “vai mudar a face da nossa vila cujo centro está envelhecido, degredado e merece há muitos anos uma intervenção”.
Até hoje o abate das árvores ocorreu em três espaços onde nos dias mais quentes as sombras era bem procuradas. Estes três espaços são no Largo Frei Cristóvão dos Reis, Largo das Termas e na Avenida da República.
Em 2016, o projeto em questão foi colocado na vila em discussão pública e afirma-se que, tendo sido prometido ‘sensibilidade ecológica’, o abate das árvores não foi referido nem discutido nesse evento.
Segundo o artigo do Jornal de Notícias, o Bloco de Esquerda de Guimarães crítica a Câmara e Junta comentando que, “percebe-se agora que a preocupação com estes valores ficou na campanha eleitoral, onde o lema do presidente da Câmara, Domingos Bragança era ‘cidade verde’ e do presidente da Junta, Luís Soares era ‘vila jardim’”.
FONTE: JN, Imagem de Destaque de Delfim Machado
