A depressão Lola vai iniciar a sua passagem, por Portugal continental, a partir de hoje à tarde, sexta-feira, com períodos de chuvas e aguaceiros, que poderão vir a ser fortes e acompanhados de trovoada.
Prevê-se que o temporal esteja especialmente agressivo hoje, até ao dia de amanhã, sábado. Sendo que de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), vão ser as regiões Norte e Centro as mais afetas, onde para além de chuva e trovoada, poderá ocorrer a queda de granizo. E a culpa é toda da Lola.
Patrícia Marques, meteorologista do IPMA, segundo o JN, esclareceu que a depressão Lola está localizada no oeste do continente e que prevê que a chuva se mantenha até ao início da próxima semana.
Patrícia confirmou ainda, em entrevista com a Lusa, que, “os distritos mais afetados serão os das regiões norte e centro. Ocasionalmente podem ocorrer aguaceiros que poderão ser de granizo, principalmente no sábado. Está também previsto vento do quadrante sul, soprando até 30 quilómetros por hora, sendo forte nas terras altas com rajadas até 80/90 quilómetros por hora”.
A depressão Lola antes de fazer a sua visita a Portugal continental, passou nos Açores e na Madeira, onde, especialmente nas ilhas açorianas, foram registadas dezenas de ocorrências relacionadas com quedas de árvores e estruturas, mas sem nenhuma vítima ou danos maiores.
A meteorologista disse, que “nos Açores, o pior já passou, tendo sido emitidos avisos de vento e agitação marítima. Na Madeira, apesar de ter ocorrido alguma precipitação, foi menos gravoso do que nos Açores. Tem também aviso amarelo de agitação marítima”.
Por causa da depressão Lola, a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional (AMN), lançaram o alerta ontem, quinta-feira, que o estado do mar se estava a agravar, com ondas que podem atingir os sete metros e vento forte com rajadas superiores a 90 quilómetros por hora.
A AMN e a Marinha aconselharam toda a comunidade marítima a adotar um estado de vigilância no mar e nas zonas costeiras, redobrando os cuidados tanto na preparação de uma ida para o mar, como já no mar. Devendo ainda reforçar a amarração das embarcações atracadas e fundeadas.
Estes ainda aconselham ao resto da população no geral que permaneçam em casa, em segurança, evitando exporem-se a riscos desnecessários.
FONTE: JN/Jornal i