Hipopótamo em vias de extinção pode ser visto a partir de hoje no zoo em Gaia
Uma cria de uma espécie de hipopótamo em vias de extinção nasceu, em fevereiro, no Zoo de Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, e os visitantes podem vê-la a partir de hoje.
O parque zoológico revelou hoje, em comunicado, que a cria de hipopótamo-pigmeu do sexo feminino nasceu no dia 14 de fevereiro – dia de São Valentim – e, por isso, foi batizada como Valentina.
Segundo o zoo, a nova habitante esteve até agora “na recolha para receber os cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida”.
Valentina nasceu com um peso de cerca de sete quilogramas, descendendo de Romina e Kibwana, “os únicos dois membros do grupo de hipopótamos-pigmeu do parque zoológico”.
“[O Hipopótamo-Pigmeu] encontra-se em risco de desaparecimento devido à desflorestação provocada pela indústria madeireira e pela ocupação humana, pela caça intensiva e também por conflitos armados nos locais de origem”, revela o Zoo de Vila Nova de Gaia.
Os hipopótamos-pigmeu são “muito semelhantes aos hipopótamos comuns”, de cor preta, com um tom acastanhado ou esverdeado, e têm “uma pele lisa, mantida sempre húmida e brilhante”.
As crias precisam de 5 a 6 anos para atingir a maturidade e “1 em cada 10 nascimentos são machos”, lê-se no comunicado.
A espécie Choeropsis liberiensis está incluída no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA).
“Em todo o mundo, estima-se existirem apenas entre 2.000 e 2.400 hipopótamos desta espécie, por isso este nascimento é particularmente especial para todos nós e permite-nos reforçar o nosso propósito de proteção e de preservação de espécies, especialmente as ameaçadas de extinção”, refere a diretora do parque, Teresa Guedes.
Este espaço abriu em 2000, com o objetivo de “aproximar a comunidade da Natureza e da Vida Selvagem”, albergando atualmente cerca de 600 animais de 200 espécies e já favoreceu “o nascimento de mais de 150 crias integradas nos programas de Preservação EEP”.
Fonte: LUSA