Desempregado, Rui Sousa lançou uma vaga de assaltos, no início deste ano, nas cidades do Porto e de Matosinh s . Com uma arma falsa assaltou, em 47 dias, 14 bancos, farmácias, gasolineiras e um supermercado, arrecadando quas e 7 2 0 0 euros. Atacou até três vezes a mesma dependência bancária do Millenium BCP, situada na rua do Amial, no Porto, encontrando em duas das situações o mesmo funcionário, que foi ameaçado.
O homem, de 34 anos, está agora a ser julgado no Tribunal de São João Novo, no Porto. Responde por 14 crimes de roubo, um deles na forma tentada, uma vez que num dos bancos não conseguiu levar qualquer quantia monetária.
Segundo a acusação, Rui Sousa, que chegou a trabalhar como motorista, cometeu os crimes entre 12 de janeiro e 27 de fevereiro e atuou quase sempre da mesma forma. Entrava nos locais, aproximavas e do balc ão onde estavam os funcionários e, na maioria das vezes, abria o casaco, mostrando a arma falsa – que era em tudo semelhante a uma pistola glock. Convictas de que a arma era verdadeira, as vítimas cumpriam as exigências do assaltante e entregavam o dinheiro ao ladrão.
Em algumas situações proferiu ameaças de morte, tendo inclusive ameaçado disparar. “Tira o dinheiro da caixa e fica sossegadinha que vai correr tudo bem porque, se fizeres barulho, eu dou-te um tiro”, disse, segundo a acusação, o ladrão à funcionária de um Minipreço, que assaltou na rua 5 de outubro, no Porto. Chegou a apontar a arma falsa à vítima e a puxar a culatra para trás, fingindo que se preparava para disparar.
O ladrão, que se encontra em prisão preventiva, não quis prestar declarações em tribunal. Ao juiz de instrução, confessou que cometeu os crimes para sustentar o consumo de heroína e de cocaína.