Pescadores em protesto bloqueiam lota de Matosinhos

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Cerca de quatro dezenas de pescadores passaram a madrugada de sexta-feira na lota de Matosinhos num movimento de sensibilização aos compradores e vendedores de pescado para a luta da classe. Os pescadores estão em greve desde a meia-noite de quarta-feira, em protesto contra a alegada “perseguição” por parte das novas equipas da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR. Da lota não saiu, durante toda a madrugada, um único peixe.

“De manhã e de tarde estivemos em Aveiro a sensibilizar os armadores de arrasto que também estão solidários com a nossa causa”, começou por explicar ao JN, Trajano Martins, armador de pesca da Póvoa de Varzim.

“Viemos aqui [lota de Matosinhos] falar com os compradores, que nos prometeram que não vinham para aqui vender, e sensibilizá-los para esta luta. É injusto estarmos parados e não podermos pescar e eles comprarem noutras lotas e venderam aqui”, explicou.

Os pescadores queixam-se de “perseguição” por parte UCC e dizem que estão a ser multados por “lacunas” do Governo. Em protesto, do cerco à pesca artesanal, encostaram os barcos ao cais.

À porta da lota, a marcação era cerrada. Cada carrinha que se aproximava da saída era bloqueada pelos pescadores em protesto que, numa rápida inspeção, garantiam que os vendedores não levavam peixe.

Depois de uma noite em claro, os pescadores rumam para Lisboa esta sexta-feira, ao início da manhã, para uma reunião com a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho.

Fonte: JN

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