Vizela 0-1 FC Porto | Crónicas da Bola

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O FC Porto venceu em Vizela, por 0-1! ?

Na equipa do FC Vizela, Álvaro Pacheco mudou apenas duas peças relativamente ao onze que venceu em Vila do Conde, por 0-1. Alex Méndez e Monsuru Opeyemi deram lugar Diego Rosa e Nuno Moreira, respetivamente.

Já o FC Porto manteve o sistema que atuou nos dois primeiros jogos da temporada, mesmo com Otávio e David Carmo disponíveis.

A questão é que o Vizela foi a equipa que, até agora, melhor soube combater essa forma de jogar dos dragões. Isto é, o Vizela conseguiu explorar o espaço que existe dentro do losango e também pelo exterior, tendo conseguido quase sempre sair a jogar de forma confortável e com qualidade. A boa organização defensiva dos vizelenses, essa facilidade em ter bola e a falta de capacidade criativa dos dragões, fez com que a primeira parte tenha sido de grande discussão a meio-campo, sendo que as oportunidades de golo foram nulas.

O Vizela ia criando algum perigo com rasgos individuais em velocidade, por Nuno Moreira ou Kiko Bondoso, e o FC Porto através das bolas paradas. A equipa da casa anulou por completo o jogo entrelinhas e a prova disso é que Danny Loader nunca conseguiu aparecer.

Ao intervalo, Sérgio Conceição lançou Otávio e Gabriel Veron para os lugares de Uribe e Loader, respetivamente.

Com estas alterações, esperavam-se novas ideias por parte dos azuis e brancos, mas o jogo, na realidade, pouco mudou. A equipa ficou mais agressiva, mas continuava sem grande criatividade na frente. Logo aos 46 minutos, João Mário cruzou rasteiro para Veron, que rematou para defesa de Buntic. Após Kiko Bondoso liderar um contra-ataque, Nuno Moreira também teve uma boa oportunidade, mas não acertou o remate em grande posição.

A verdade é que o tempo ia passando e os comandados de Sérgio Conceição não conseguiam criar ocasiões claras de golo. O técnico português tentou um pouco de tudo, ao lançar Eustáquio, Toni Martínez e Galeno, e foi precisamente o brasileiro que mudou o jogo.

Trouxe o que faltava ao FC Porto. Criatividade e capacidade de criar desequilíbrios. E o brasileiro ficou mesmo ligado ao jogo de todas as formas, já que foi dele a assistência para o único golo do jogo. Num livre marcado à maneira curta, o extremo cruzou de forma perfeita para Marcano, que voltou a marcar e valeu mesmo a vitória aos campeões nacionais.

Nota para a exibição do Vizela. É com equipas destas que o futebol português evolui. A equipa de Álvaro Pacheco roçou a perfeição e digo roçou porque Marcano deu a vitória aos portistas. Os minhotos estudaram de forma perfeita a estratégia do FC Porto, anularam praticamente tudo e a forma como saíam para o ataque era uma das razões pelo qual o adversário não estava confortável no jogo.

Com este jogo, o FC Porto percebeu que não há jogos fáceis (nem na teoria)e que, mesmo depois de uma goleada, é preciso estar atento, pois uma desatenção ou uma exibição menos conseguida pode levar à perda de pontos, que são cruciais na luta pelo título! ?

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Texto de Raúl Saraiva

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