Homicídio no Porto: O jovem detido estava apaixonado pela vítima
O jovem de 28 anos detido pela Polícia Judiciária por ter esfaqueado mortalmente um amigo por quem estava loucamente apaixonado, na madrugada de quarta-feira, no Porto, vai aguardar os desenvolvimento do processo em prisão preventiva.
A vítima, Miguel Ribeiro, de 20 anos, natural de Santa Comba Dão, foi encontrada ensanguentada e caída no asfalto de uma das mais movimentadas ruas da Baixa do Porto. O agressor, motivado por ciúmes e uma paixão não correspondida, foi na mesma manhã detido pela PJ e alegou legítima defesa.
Segundo informações recolhidas pelo JN, Miguel Ribeiro, natural de Santa Comba Dão, vivia há poucas semanas na Rua de Fernandes Tomás, no Porto, mas já tinha muitos amigos no meio estudantil portuense. Quando não estudava ou cumpria horário nos dois empregos que mantinha, ia muitas vezes passar a noite na zona das “Galerias de Paris”. Foi ali, num bar, que se desentendeu com o amigo, agora colocado em prisão preventiva. Este tinha uma forte atração sentimental pela vítima e terá ficado com ciúmes incontroláveis depois de o ver com uma namorada. O confronto continuou fora do estabelecimento, mas ficou por ali.
Miguel regressou a casa e foi já dentro do prédio, onde partilhava um apartamento com outro estudante, ausente naquele momento, que foi esfaqueado pelo menos quatro vezes. O homicida fugiu naquele momento. Eram 5.30 horas.
Gravemente ferido, Miguel Ribeiro ainda conseguiu descer a escadaria até à rua, para pedir ajuda. Acabou por desfalecer no asfalto, a poucos metros da porta do prédio. Naquele momento, passou um funcionário da STCP que ia trabalhar e, ao ver a vítima ensanguentada, bloqueou a rua e chamou o INEM. As equipas de socorro ainda tentaram reanimar o jovem mas já nada puderam fazer para o salvar.
Enquanto tudo isto acontecia, a atual namorada de Miguel, que tinha assistido à parte inicial da contenda, tentava sem sucesso falar com ele por telemóvel. Perante um sem número de chamadas não atendidas, decidiu, com outra amiga, ir à Rua de Fernandes Tomás, onde ainda chegou a ver Miguel, mas já sem sinais de vida.
artigo JN