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Desemprego no distrito do Porto tem subida acentuada em período de pandemia

De acordo com os dados mais recentes do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), referentes a Março de 2021, o número de inscritos nos Centros de Emprego reflecte uma acentuada subida ao longo do período da pandemia. 

Comparando os números de Março deste ano com os de Fevereiro de 2020, último mês em que a actividade económica se pode considerar normal, as diferenças são avassaladoras.  O quadro que apresentamos inclui os inscritos nos centros de emprego dos concelhos do distrito do Porto, no mês de Março de 2021, assim como os de Fevereiro deste ano e os de Fevereiro de 2020. 

Como é visível no quadro, a evolução do desemprego desde o início da pandemia disparou em todos os municípios do distrito do Porto. Naturalmente que a evolução, entre Fevereiro de 2020 e Março de 2021, não é uniforme, variando entre um crescimento máximo de 48,0% na Maia até ao mínimo de 5,8% de Baião. É interessante verificar que os concelhos do interior parecem ter resistido melhor, em termos de inscritos nos centros de emprego, do que os do litoral: a seguir a Baião, os municípios com menor aumento foram os de Marco de Canaveses, Santo Tirso e Penafiel, todos com acréscimos inferiores a 20%.  

As maiores subidas registam-se, a seguir à Maia, em Vila do Conde, Felgueiras e Gondomar, todos ultrapassando os 40% de aumento. 

A subida média verificada do distrito do Porto (+33,5%) é inferior à média nacional, mas acima da região Norte, sendo ultrapassada em 11 dos 18 municípios que compõem o distrito. 

A evolução do desemprego em Março, quando comparada com o mês anterior, tem, naturalmente, uma evolução bem diferente, sendo de destacar o facto de, no conjunto dos municípios do distrito do Porto, o nível de inscritos nos centros de emprego do IEFP ter diminuído 1,4%, A maior redução, entre Fevereiro e Março, ocorre em Baião (-6,7%), seguida de V. N. de Gaia e Trofa. 

Ao invés, apenas 5 municípios apresentam subidas no desemprego entre Fevereiro e Março, registando-se a maior subida em Amarante (+5,5%). 

Texto de Faria de Almeida, Economista

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