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Boavista FC 1-0 Paços de Ferreira | Crónicas da Bola

Os axadrezados, depois de um bom arranque – com duas vitórias nas duas primeiras jornadas -, tinham perdido as duas últimas partidas (contra o Casa Pia AC e a receção ao SL Benfica) sem qualquer golo marcado. Petit voltou ao habitual 3-4-3, com Boženík, na frente de ataque, a ser apoiado por Bruno Lourenço e Kenji Gorré.

Já os pacenses chegavam mesmo aflitos a este jogo, já que tinham perdido as quatro primeiras jornadas da Liga Portugal Bwin. Embora muito desfalcados, os castores contaram com dois reforços no onze inicial: Vekič voltou a casa e substituiu José Oliveira, relativamente ao jogo na Luz, e Ferigra, compôs a linha de três juntamente com Nuno Lima e Antunes. Matchoi Djaló regressou ao onze para jogar no flanco esquerdo.

A turma de Petit, a jogar em casa, começou melhor e o guarda-redes esloveno do Paços de Ferreira foi mesmo um dos protagonistas do primeiro tempo, já que, com duas intervenções excelentes, negou o golo por duas vezes a Gorré, o principal agitador dos axadrezados. As investidas de Gorré foram sempre muito incisivas e efetivas. Fazendo uso da sua velocidade e capacidade técnica, trocou várias vezes as voltas a Juan Delgado e Nuno Lima.

Porém, o ímpeto da equipa da casa esfriou assim que o Paços de Ferreira se reencontrou. O trio ofensivo pacense dava largura e rapidez e assustou César, que viu uma bola entrar na sua baliza aos 13 minutos – entretanto anulada, já que Matchoi Djaló jogou a bola com a mão. E aos 24’, até foi o próprio César quase a comprometer a equipa axadrezada, quando dominou mal o atraso de Sasso e quase deixava a bola entrar na sua baliza.

Na segunda parte, o Paços de Ferreira alterou para um sistema de quatro defesas e conseguiu ter mais bola. O jogo estava muito bom, com ocasiões de ambos os lados. Logo aos 47’, excelente combinação entre Boženík e Bruno Lourenço, mas o remate do avançado eslovaco, em grande posição, saiu ao lado. No minuto seguinte, a equipa visitante respondeu por Holsgrove, que rematou contra Bruno Onyemaechi, após passe atrasado de Koffi. Passados três minutos, os castores marcaram por intermédio de Nigel Thomas, num golo de belo efeito, mas após revisão do VAR, o árbitro Cláudio Pereira considerou falta de Rui Pires sobre Boženík, na saída do contra-ataque.

Ao minuto 58, Boženík inaugurou mesmo o marcador. A equipa axadrezada subiu rapidamente no terreno e Gorré assistiu o eslovaco, que colocou a bola entre o poste e o guarda-redes.

O jogo, com o 1-0, caiu de intensidade e as substituições não também não mexeram muito com o ritmo. A equipa orientada por Petit esteve mais tranquila na gestão da posse. Tirando um livre de Matchoi Djaló e um lance com Koffi, a impotência do conjunto pacense foi evidente.

???????çã? ???????: Vitória justa do Boavista, especialmente devido à segunda parte, onde os axadrezados foram muito melhores. A primeira parte foi mais repartida, com oportunidades de golo para cada equipa e o segundo tempo também começou equilibrado, mas, com o golo marcado, os axadrezados souberam gerir a posse e defender bem, não permitindo grandes ocasiões ao Paços de Ferreira.

Gostei muito das investidas de Kenji Gorré, fruto da sua velocidade e capacidade técnica, e das suas combinações com Boženík, que até resultaram num golo. Porém, acho que falta maior critério na definição das jogadas ao extremo formado no Manchester United FC.

Na equipa pacense, por um lado, gostei de ver o trio ofensivo composto por Nigel Thomas, N’Dri Koffi e Matchoi Djaló, que chegou a assustar o guarda-redes do Boavista, César. Por outro lado, ainda acho que falta algum entrosamento e coordenação na defesa. Ainda assim, acho que a equipa tem qualidade e juventude para fazer mais e melhor.

???? ??: Kenji Gorré. Foi sempre o jogador mais determinado e perigoso. Ainda por cima, é dele a jogada e a assistência para o golo de Boženík.

?????? ?? ????: Juan Delgado. O chileno jogou a lateral direito e nunca conseguiu parar a velocidade e qualidade técnica de Kenji Gorré, que o ultrapassou por várias vezes. Para além disso, ganhou apenas 4 dos 14 duelos terrestres que disputou e perdeu por 24 vezes a posse de bola.

Regresso às vitórias por parte do Boavista FC!

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Texto de Raúl Saraiva

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